Na tentativa de 'falar bonito' e de impressionar seu chefe, vem aquela tentação de usar uma palavra com a qual você não tem tanta intimidade.
Corroborar, assertivo: 4 'escorregões' erros de português comuns no mundo corporativo A língua portuguesa é cheia de "armadilhas".
Algumas delas vêm disfarçadas: de palavras "sofisticadas", que parecem impressionar o chefe e deixar você mais perto de um aumento salarial; de estruturas frasais mais complexas, cheias de vírgulas que não deveriam estar ali e que mudam o sentido da informação; de verbos parecidos uns com os outros, mas que têm significados completamente diferentes; de crases que tentam transmitir uma "seriedade" na acentuação, mas que são inadequadas. Abaixo, neste quiz, você vai testar se consegue escapar dessas ciladas.
Acerte o maior número possível de questões (são 10, bem curtinhas) e descubra, no fim, se é um dicionário ambulante ou está brigado com o "Aurélio". E aí, consegue escapar de 'escorregões' na língua portuguesa? 'Corroborar', 'assertivo'...
10 erros da língua portuguesa que são comuns em reuniões e e-mails de trabalho Por que erramos? ➡️Na tentativa de "falar bonito" e de impressionar os colegas, é comum: trocar os significados de palavras parecidas; elaborar frases com erros de concordância; usar expressões que parecem formais, mas que são gramaticalmente equivocadas. Cassiano Butti, docente do Departamento de Ciências da Linguagem da PUC-SP, explica que esses deslizes indicam uma certa insegurança do falante.
"Alguns desses casos podem ser chamados de 'hipercorreções'.
A pessoa quer mostrar que sabe algo, mas não é proficiente na língua e acaba cometendo esses 'exageros'.
Ela quer fazer com que o outro acredite que ela tem total domínio [deste vocabulário elaborado]", diz.
✏️Em vez de arriscar, o melhor é "apostar no simples", aconselha o professor de português Sérgio Nogueira.
Depois, com mais tempo, é possível pesquisar no dicionário ou na internet algum sinônimo que pareça mais elaborado, caso prefira. Observação: Ninguém deve ser desvalorizado ou discriminado pela sua forma de falar ou de escrever.
O objetivo desta reportagem é explicar como se manter alinhado à variante padrão da língua, especialmente em contextos formais — e garantir que a informação seja transmitida de forma clara.
Abaixo, veja exemplos de inadequações comuns na rotina de quem vive em reunião (nosso foco será somente o português, sem "coffee breaks" e "brainstorms"): 📝Algo pode mudar com o tempo? Sim.
A língua é dinâmica e está em constante movimento.
"O português que eu ensinava antes não é o mesmo que ensino hoje.
As regras mudam, e novas formas podem ser aceitas", diz Nogueira. Veja só um exemplo de possível alteração da norma: tradicionalmente, o verbo "adequar" é defectivo, ou seja, não é conjugado em todas as formas.
No presente do indicativo, teríamos apenas: "nós adequamos"; "vós adequais". Portanto, não seria correto escrever "eu adéquo", segundo a gramática normativa — o ideal seria substituir por um verbo sinônimo, como "eu adapto", "eu ajusto".
Mas já vemos um nítido movimento para que essa regra mude: o dicionário Houaiss, por exemplo, já aceita a conjugação completa, tanto no presente do indicativo (coluna da esquerda) quanto no presente do subjuntivo (coluna da direita): Eu adéquo que eu adéque Tu adéquas que tu adéques Ele adéqua que ele adéque Nós adequamos que nós adequemos Vós adequais que vós adequeis Eles adéquam que eles adéquem ✏️Ou seja: fique sempre de olho no g1 Educação para entender o constante movimento da língua portuguesa e não perder nenhuma atualização! Vídeos Problemas na alfabetização: o que é fluência leitora e por que ler devagar é preocupante