Região de Campinas registra alta de casos de mão-pé-boca nos 5 primeiros meses de 2025
Os casos da doença mão-pé-boca, conhecidos por feridas que aparecem nessas partes do corpo, aumentaram em até 17 vezes nos primeiros cinco meses de 2025 na região de Piracicaba (SP) na comparação com o mesmo período do ano passado.
📈Entre janeiro e maio de 2025, os municípios que abrangem o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba registraram 671 casos da síndrome, que embora não seja grave, é bastante contagiosa, especialmente entre crianças em idade escolar.
No primeiros cinco meses de 2024, o DRS teve 38 atendimentos da doença mãe-pé-boca. 🧑⚕️Ainda não há vacina para a doença e o tratamento é feito com medicamentos para alívio das dores.
Entenda como a doença viral evolui e veja quais são os sintomas e tratamentos, abaixo. A evolução da doença é causada por um vírus que atua no aparelho digestivo, o Coxsackie e, como consequência, quem foi infectado apresenta feridas nas mãos, pé e boca. Casos de doença viral mão-pé-boca aumentam na região de Piracicaba Reprodução/EPTV Sinais podem confundir Ao perceber a primeira mancha vermelha no corpo do filho, Andressa Querido acreditou que se tratava de uma picada de pernilongo.
No dia seguinte, a farmacêutica de Valinhos (SP) percebeu mais sinais pelo corpo do filho e logo teve o diagnóstico confirmado pela pediatra: síndrome 'mão-pé-boca'. "Eu achei que era uma picada de pernilongo.
No dia seguinte, que começou a aparecer todas juntas, na boca, na palma da mãozinha, na sola do pé, aí eu já liguei para o pediatra.
E nisso foram quase 10 dias para secar todas as feridinhas", relatou a mãe. A infecção aconteceu após um surto de casos na escola.
Com o diagnóstico, a mãe precisou mudar a rotina de higiene na casa para evitar que outras pessoas da família fossem contaminadas. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba e região Doença mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie Reprodução/Internet O que é a síndrome 'mão-pé-boca'? 🚼 A síndrome 'mão-pé-boca' é uma doença viral de transmissão rápida.
A evolução da doença é causada por um vírus que atua no aparelho digestivo, o Coxsackie e, como consequência, quem foi infectado apresenta feridas nas mãos, pé e boca.
O pediatra Luís Alberto Verri explica que a doença de baixa gravidade é autolimitada.
A maioria das crianças costuma evoluir bem e melhora entre seis e dez dias, sem necessidade de internação. "Em raros casos, ele [o infectado] pode ter uma desidratação, e precisa ser internado para hidratar porque a criança não aceita a alimentação ou mesmo os líquidos.
Em raríssimos casos, esse vírus pode se alojar em algum outro órgão do organismo, mas é muito raro", esclarece o médico. Região de Campinas O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas (SP) constatou uma alta nos diagnósticos da síndrome entre janeiro e maio deste ano, comparado ao mesmo período de 2024.
Os casos saltaram de 96 para 479, um número cinco vezes maior. Síndrome 'mão-pé-boca': mãe confunde primeira ferida da doença com picada de pernilongo Reprodução/EPTV De acordo com o médico, nas épocas de outono e inverno, como as pessoas ficam mais aglomeradas, o número de casos tende a crescer, mas na região o aumento da doença foi registrado até em outros períodos do ano. O pediatra afirma que a alta de diagnósticos se deve por uma maior atenção da mãe aos sintomas da doença. "O que eu tenho visto atualmente é a difusão da síndrome entre as mães.
Então, tem muito mais propaganda dessa doença.
As escolas também estão muito mais preocupadas, estão procurando a vigilância sanitária para receber orientações do que tem que ser feito.
Eu acredito que, com isso, tem maior notificação dos casos", explica o médico. Síndrome mão-pé-boca. Secom/Maceió Contágio em escolas O médico esclarece que o vírus tem uma disseminação alta em colégios, principalmente na pré-escola.
"É um vírus que normalmente ele tem uma disseminação muito grande nas escolas, principalmente na pré-escola, por causa do 'contato íntimo' que as crianças acabam correndo", diz. Em uma pré-escola de Campinas, três crianças foram afastadas nos últimos 15 dias com sintomas da doença.
Karlla Ferraro, diretora pedagógica da unidade, explica que os alunos apresentaram "bolinhas" nas mãos, pés e entorno da boca. "Os pais são avisados e imediatamente as crianças são retiradas da escola.
Aqui, a gente tem o protocolo de segurança de higienizar a todo momento os nossos colchonetes, o lugar onde eles sentam, os brinquedos", explica a profissional da educação. Síndrome 'mão-pé-boca': Carolina busca filho na escola após criança apresentar sintomas da doença em Campinas (SP). Reprodução/EPTV Pedro, de 1 ano e 8 meses, recebido na unidade em que Karlla trabalha, precisou ser afastado após ser infectado.
A família, que já estava atenta com os sintomas da doença, vai seguir com os cuidados em casa. "Até ontem ele 'tava' bem.
A gente ficou sabendo dos outros alunos que estavam com febre, com as feridinhas, e eu 'tava' de olho.
Até brinquei com as mães que eu 'tava' fazendo o check list 'mão, pé, boca, mão, pé, boca' todos os dias, olhando", conta Carolina Silva, mãe da criança. VÍDEO: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Piracicaba